Sócios protestam com faixas com frases de áudio vazado: ‘Todos ganharam’
O clube social do Morumbis amanheceu com protestos neste sábado. Sócios do São Paulo estenderam faixas no local com frases do áudio que o ge revelou sobre um esquema de comercialização clandestina de camarote do estádio em dias de shows, com envolvimento dos conselheiros Douglas Schwartzmann, ex-diretor adjunto de futebol de base, e Mara Casares, ex-esposa do presidente Julio Casares e ex-diretora feminina, cultural e de eventos.
Uma das faixas cita a parte do áudio em que Douglas Schwartzmann afirma que “teve negócio que você ganhou dinheiro, eu ganhei, todo mundo ganhou”.
– E vou repetir uma coisa. Você é uma pessoa que a Mara confiou. Eu só entrei nisso porque a Mara me garantiu que você era de total confiança. Desde o primeiro dia que eu te falava isso. Não podemos fazer coisa errada aqui. Então, teve negócio que você ganhou dinheiro, eu ganhei, todo mundo ganhou. Mas foi feito tudo na confiança. Coisa errada? Errou, tem que comer com farinha. Não tem jeito, querida. Não tem outro jeito. Não tem outro jeito. Não tem.
Os sócios também pedem a saída de Mara Casares, Douglas Schwartzmann e até mesmo do presidente Julio Casares de forma definitiva do São Paulo com as faixas “Fora Mara e Douglas” e “Fora Casares”.
Na última sexta-feira, Mara pediu licença do Conselho Deliberativo do São Paulo. Tanto ela quanto Douglas já haviam pedido licença dos seus cargos logo que a informação foi publicada pelo ge.
De acordo com o Artigo 57 do Estatuto Social do São Paulo, o prazo mínimo de afastamento é de um ano. Mara Casares, portanto, só volta ao Conselho Deliberativo do clube em dezembro de 2026.
O afastamento não interrompe a investigação da Comissão de Ética, que vai ouvir os envolvidos no esquema de exploração clandestina de um camarote no Morumbis.
O caso do camarote virou alvo de investigação policial. O Ministério Público pediu, na última quinta, que a Polícia prepare um inquérito sobre a exploração clandestina do espaço, com participação de Mara Casares e Douglas Schwartzmann.
O episódio também é apurado internamente no São Paulo. Além da Comissão de Ética, duas sindicâncias vão ouvir os envolvidos para determinar o que aconteceu.
Fonte: GE
