Goleiro da Inter de Limeira, Léo Vieira lembra de seus tempos de SPFC
Léo Vieira reencontrará velhos conhecidos nesta quarta-feira, quando São Paulo e Inter de Limeira entram em campo no Morumbi pela nona rodada do Campeonato Paulista. O goleiro da equipe do interior paulista foi revelado pelo Tricolor, clube que defendeu por 13 anos e onde construiu uma relação próxima com Rogério Ceni, atual treinador são-paulino.
Léo defendeu o São Paulo entre 2004 e 2017. Contemporâneo de Ceni no profissional, o goleiro teve poucas oportunidades para jogar e acumulou empréstimos em algumas temporadas. Ao fim de seu vínculo com o Tricolor, se transferiu ao Athletico-PR, foi emprestado ao Atlético-GO e até o ano passado estava atuando em Portugal, pelo Rio Ave.
“Sou um dos privilegiados. Costumo dizer que o São Paulo pra mim foi uma escola, uma faculdade, um doutorado. Foi um total de 13 anos, vivi com ele [Rogério Ceni] durante oito anos na equipe principal. Aprendi muito com ele. Ele é um cara que não é de falar muito, mas suas atitudes ensinam diariamente. Tenho muitas histórias com o Ceni, ele me ajudou muito, inclusive fora do futebol”, afirmou Léo.
O goleiro da Inter de Limeira recordou quando foi promovido ao elenco profissional e comentou com Rogério Ceni que gostaria de comprar um carro, recebendo uma dura do ídolo são-paulino pelo modelo que estava prestes a escolher.
“Eu muito novo, com 16, 17 anos, na ansiedade de comprar meu primeiro carro, falei pra ele que ia comprar meu primeiro carro, e ele ficou feliz com a conquista. Perguntou pra mim qual carro seria. Eu disse que ia comprar um Audi A3 usado. Ele disse: ‘Pode parar, vai começar errado, começa com um golzinho, com os pés no chão’. São coisas que ele ia alertando, ajudando a gente no dia a dia”, prosseguiu.
“Um cara que gostava de trabalhar muito. Isso passou para todos nós lá. Seja doente, com dores, o atleta de alto rendimento precisa se superar a cada dia. Ele mostrou isso em sua carreira pelo tanto de jogos e gols. Com certeza, ele tinha muitas dores, lesões, mas sempre ia a campo. Isso foi um legado que ele deixou para mim e para todos os atletas que ficaram por lá”, concluiu Léo.
Fonte: Gazeta