Após maratona absurda, SPFC vence o Puerto Cabello na Venezuela

PUERTO CABELLO 0 X 2 SÃO PAULO
Local: Estádio Misael Delgado, em Valência (VEN)
Data: 23/05/2023 (terça-feira)
Gols: W.Rato (28/1T) e Alisson (49/2T)
Cartões amarelos: Danny Pérez (A. Puerto Cabello); Alan Franco, Marcos Paulo, Pablo Maia e Raí Ramos (São Paulo)
Árbitro: Bryan Loayza (Equador)
Assistentes: Ricardo Baren (Equador) e Dennys Guerrero (Equador)
Quarto árbitro: Augusto Aragon (Equador)
VAR: Roberto Sánchez (Equador)

SÃO PAULO: Rafael; Raí Ramos, Diego Costa, Alan Franco e Patryck; Luan (Pablo Maia, 19/2T); M. Araujo, Rodriguinho (Alisson, intervalo), W. Rato (Calleri, 19/2T) e Marcos Paulo (Luciano, 31/2T); Juan (Gabi, 39/2T). Técnico: Dorival Júnior.

PUERTO CABELLO: Luis Romero; Carlos Rivero, Edwin Peraza, Kevin De La Hoz (Andrés Montero, 31/2T) e Diego Osio; José Granados, Juan Colina (Gideon Iliya, 16/2T), George Ayine (Junior Cedeño, 10/2T) e Danny Pérez; Williams Lugo (Richard Figueroa, 31/2T) e Luifer Hernández (Alfredo Stephens, 16/2T). Técnico: Noel Sanvicente.

RATO: Tinha a chance de mostrar futebol como titular. E mostrou. Mais do que isso, Rato mostrou vitalidade em campo, apesar do enorme cansaço de toda a delegação pela logística absurda para chegar no interior da Venezuela. Aos 17 minutos, acertou uma boa finalização de fora da área, que parou no goleiro. Dez minutos depois, teve uma chance em uma falta na entrada da área e não desperdiçou. O meia bateu colocado e fez o gol. Boa atuação.

MICHEL ARAÚJO: Cada vez mais fica latente que se o uruguaio tiver sequência e ritmo de jogo, vai se firmar nesse time. Ele foi o mais lúcido do meio de campo, conseguiu armar alguns jogadas pelos lados e ajudou bastante na marcação, já que o único volante de ofício era Luan. Não foi uma atuação de encher os olhos, mas foi acima da média e merece os créditos.

NINGUÉM: Não dá para cobrar nada de ninguém nesse jogo. Após a partida contra o Vasco, o elenco mal teve tempo para descansar e já foi pro aeroporto encarar mais de 15 horas de viagens entre São Paulo, Panamá e Venezuela. Sem treino, sem nada ― mal tiveram tempo para descansar. Dorival colocou um time reserva em campo e, mesmo assim, trouxe os 3 pontos para casa. Foi uma maratona absurda para chegar num país devastado por uma ditadura genocida, para enfrentar um time que só tem 8 anos de vida e nem tem torcida. Diante desse quadro, o elenco esbanjou profissionalismo e ainda venceu o jogo. Seria absurdo dar Bola Murcha para qualquer um nessa partida.