Desempenho contra o Tolima foi pavoroso e assusta para o futuro
O São Paulo empatou sem gols com o Tolima nesta terça-feira, em Ibagué, na Colômbia, pela Copa Sul-Americana. O time comandado por Dorival Júnior mais uma vez teve um desempenho aquém das expectativas, mesmo enfrentando um rival inferior tecnicamente, fato que assusta os torcedores pensando no futuro do Tricolor na temporada.
O Tolima vinha de seis jogos sem vitória, somando cinco derrotas e um empate, resultados que resultaram na demissão do técnico Hernán Torres. Juan Cruz Real, que estreou pelo clube de Ibagué nesta terça-feira, conseguiu evitar um novo revés, mas esteve longe de fazer sua equipe ameaçar o São Paulo ao longo dos 90 minutos.
Justamente por ser um adversário inofensivo, se esperava mais do São Paulo. Aliás, se espera mais de Luciano, Marcos Paulo e companhia há algum tempo. O Tricolor ainda não fez uma partida convincente desde a chegada de Dorival Júnior, embora esteja invicto sob o comando do treinador.
Nesta terça-feira, o São Paulo sofreu para criar jogadas de perigo, tendo dificuldades para acelerar a troca de passes. A lentidão da equipe comandada por Dorival Júnior facilitou a vida do Tolima, que pouco precisou fazer para bloquear as ações dos visitantes.
O novo treinador do São Paulo tem a difícil missão de encontrar um time competitivo, mesmo sem peças com as quais gostaria de contar. Dorival Júnior herdou um elenco montado por Rogério Ceni e vem sendo obrigado a encontrar um encaixe com aquilo que tem em mãos.
Uma das ausências mais sentidas por Dorival Júnior é a de um meia-armador. Rogério Ceni não costuma atuar com aquele “camisa 10” clássico, preferindo volantes que auxiliem tanto na marcação quanto na fase ofensiva. Michel Araújo e Wellington Rato são os atletas que mais se aproximam daquilo que o novo treinador do São Paulo deseja, mas costumam atuar mais abertos pelos lados do campo que por dentro, centralizados.
Uma outra opção é recorrer às categorias de base. Rodriguinho e Pedrinho, que treinam com o elenco profissional há tempo, exerceram em seus tempos de sub-20 a função que Dorival Júnior deseja. A Copa Sul-Americana, inclusive, figura como a competição ideal para dar rodagem a jovens inexperientes, uma vez que o nível de competitividade da maioria dos rivais é mais baixo.
Se o São Paulo ainda não convenceu enfrentando adversários do mesmo nível ou inferiores, as perspectivas não são nada animadoras para os duelos contra rivais mais renomados. A cada partida o Tricolor mostra que os objetivos em 2023 serão modestos, de novo.
Fonte: Gazeta