O eterno mestre Telê Santana enfim vai receber uma estátua no Morumbi

O São Paulo abriu nesta sexta-feira (17), data da final da Conmebol Libertadores de 1992, as comemorações do 30º aniversário da primeira conquista sul-americana da história do clube. E, como parte dos festejos, o Tricolor fará uma grande homenagem a Telê Santana, técnico daquele time histórico.

O Mestre ganhará uma estátua em frente ao Morumbi, localizada ou no portão 1 ou no 2 da casa são-paulina.

Os detalhes serão divulgados oficialmente em breve pelo clube, que guarda a sete chaves para não estragar a surpresa à torcida, que até hoje grita o nome do treinador e o homenageia com faixas nas arquibancadas.

Telê é um dos maiores nomes, se não o maior, da história do São Paulo. Depois de uma primeira passagem curta e de emergência, em 1973, o técnico retornou ao Morumbi em 1990 para fazer o trabalho mais longevo e vencedor que os tricolores já tiveram em todos os tempos. Foram 410 jogos ao todo no clube, com 197 vitórias, 122 empates e 91 derrotas.

Com o Mestre no banco, e mais uma geração formada por Raí, Zetti, Cafu, Müller e outros em campo, o São Paulo foi bicampeão da Libertadores e do Mundial Interclubes (1992 e 1993), bicampeão paulista (1991 e 1992), campeão brasileiro (1991), bicampeão da Recopa Sul-Americana (1993 e 1994) e venceu também a Supercopa da Libertadores (1993).

A segunda passagem de Telê durou de outubro de 1990 até janeiro de 1996, quando o técnico precisou se afastar por problemas de saúde. Após a estreia do São Paulo no Paulistão de 96, o Mestre foi afastado para realizar uma bateria de exames no coração e nunca mais voltou ao clube.

Telê morreu em 25 de março de 2006, vítima de múltipla falência de órgãos, mas deixou seu legado que vive até hoje no São Paulo.

O hoje técnico Rogério Ceni começou sua carreira no time principal com o Mestre, na reserva do então titular Zetti. O mesmo aconteceu com Muricy Ramalho, que se tornou auxiliar fixo do clube e foi formado por Telê para depois fazer uma bem-sucedida carreira de técnico.

O evento desta sexta, realizado no Morumbi, contou com a participação de muitos daqueles jogadores comandados por Telê, como Antônio Carlos Zago, Elivelton, Ivan, Macedo, Marcos Bonequini, Palhinha, Ronaldo Luiz e Suélio.

A segunda partida da final, contra o Newell’s Old Boys, também foi transmitida nos telões do estádio, para os sócios-torcedores que reservaram sua presença no evento.

Para ser campeão da Libertadores pela primeira vez, o São Paulo se classificou em um grupo que tinha Criciúma, Bolívar e San José. No mata-mata, eliminou Nacional (Uruguai), Criciúma, Barcelona (Equador) e confimou a conquista sobre o Newell’s, à época dirigido por Marcelo Bielsa, nos pênaltis.

Zetti, que defendeu a cobrança de Gamboa, foi o herói daquela conquista.

Fonte: ESPN