Botafogo ofereceu R$ 26,5 milhões por Nestor, mas SPFC quer o triplo
Depois de contratar Patrick de Paula, do Palmeiras, o Botafogo tentou “desfalcar” mais um time paulista e ofereceu 5 milhões de euros (R$ 26,5 milhões) ao São Paulo para comprar o meio-campista Rodrigo Nestor.
O time do Morumbi, no entanto, sequer abriu conversas pelo jogador de 21 anos, que tem contrato até dezembro de 2024. Para negociar Nestor com um clube do Brasil, o São Paulo sinalizou que não aceita propostas inferiores a € 15 milhões (R$ 79,6 milhões), ou seja, o triplo do oferecido pelo Botafogo.
No elenco principal desde 2020 e titular do time de Rogério Ceni na atual temporada, Nestor soma 79 jogos com a camisa são-paulina, por quem marcou três gols e deu nove assistências. O último tento, aliás, abriu caminho para a goleada sobre o São Bernardo, nas quartas de final do Campeonato Paulista.
O meio-campista, criado em Cotia, esteve recentemente ligado também a clubes da Europa. O Dínamo de Kiev, da Ucrânia, fez uma sondagem ao São Paulo, mas os valores não agradaram. Depois, com a guerra do país com a Rússia, as conversas ficaram no passado.
Além de Nestor, o Tricolor teve a chance de negociar outros dois jogadores entre o fim do ano passado e o começo desta temporada. Um deles foi o meia Gabriel Sara, que foi alvo do Dallas FC, dos Estados Unidos, em oferta de aproximadamente US$ 10 milhões, o que hoje representa pouco mais de R$ 48 milhões.
O outro alvo foi Welington, lateral-esquerdo também revelado em Cotia e que ganhou as primeiras chances no time principal com Hernán Crespo. Nos três casos, a diretoria são-paulina decidiu rejeitar as ofertas, por considerar os valores baixos e por ver uma margem de valorização na próxima janela, entre junho e agosto.
Em entrevista exclusiva à ESPN, o presidente Julio Casares explicou a situação e disse que as eventuais negociações de Nestor, Sara e Welington fariam o clube apresentar um pequeno superávit em balanço apresentado ao Conselho Deliberativo. Em vez disso, os números mostraram um déficit de R$ 106,4 milhões.
“Vamos ter um déficit no balanço, mas que, se vendessemos três atletas que poderíamos vender, teríamos superávit. Eram valores baixos e nivelariam por baixo futuras vendas, em uma janela muito fraca de transferência. Tem que ter sangue frio e planejamento”, explicou Casares.
“Se vendessemos em dezembro, tenho convicção de que perderíamos dinheiro, porque na próxima janela eles podem valer 70% mais. É natural, uma questão de mercado. Agora, na próxima janela, teremos produtos mais atrativos, em um cenário econômico que apresenta uma melhora. Esperamos uma janela mais competitiva. Com esses garotos mais valorizados, podemos estabelecer uma tabela e também deixar um legado esportivo”.
Fonte: ESPN