A prioridade é o Campeonato Brasileiro, diz Rogério Ceni após vitória

Na quarta-feira (25), o São Paulo venceu o Ayacucho-PER por 1 a 0, no Morumbi, e fechou a sua participação na fase de grupos da Copa Sul-Americana de forma invicta. Após a partida, o técnico Rogério Ceni vibrou com o resultado da partida, que teve 10 jogadores revelados na base de Cotia no time titular, mas admitiu que o Tricolor tem uma prioridade na temporada.

Como o São Paulo já estava classificado para o mata-mata da competição continental, Ceni aproveitou a partida em casa contra os peruanos para rodar o seu elenco e dar uma chance para os garotos. E o treinador gostou do que viu, uma vez que ganhou uma gama maior de opções para o calendário apertado que a sua equipe terá neste segundo semestre.

“Teremos jogos difíceis em sequência de quarta e domingo. Tivemos a chance de ter um jogo já classificado como hoje. A gente vai olhando por posição, por setor, vê o que o Luizão e Beraldo podem oferecer, o que o Caio pode ajudar a gente. Algumas perdas que fazem falta como o (Gabriel) Sara. Ausência do Nikão em alguns jogos, avaliação no meio-campo, quais características diferentes. Quero dar oportunidade para todo mundo, era oportunidade de botar todos com menos minutos para jogar. Observamos isso, chegamos a conclusões quem está atrás na parte física, jogar como titular, ser aproveitado em determinado jogo”, começou por dizer.

Ainda sobre a temporada 2022, o técnico do São Paulo também indicou que, caso precise fazer escolhas, a competição que vai priorizar é o Campeonato Brasileiro. Ceni ainda fez um alerta e afirmou que, se o time desviar muito o foco em meio às competições, corre o risco de não alcançar os seus objetivos.

“Vamos ter que continuar rodando a equipe. Vamos ter que fazer escolhas em determinado momento. Confesso que o Brasileiro é a direção de tudo. Se a gente desviar muito o foco, pode ser que não consigamos atingir o objetivo. É importante criar alternativas, valorizar o patrimônio do clube”, prosseguiu.

“Tive meus 17, Caio fez 18. Fui da base, tive minhas oportunidades e sei o quanto é difícil jogar para 15 ou 20 mil pessoas. Chegar a 12 vitórias seguidas como mandante, marca, era média de 18, 19, 20 anos, Juan um pouco mais velho. Fico feliz por Cotia, por um presidente que um dia idealizou em fazer algo grande, o Dr. Juvenal (Juvêncio, ex-presidente). Hoje praticamente um time formado, ele disse que era um sonho, e se não fosse pelo Miranda, teríamos os 11 de Cotia”, complementou.

Por último, ainda sobre os garotos da base de Cotia, Ceni deixou claro que não gostaria de perder nenhum deles no meio da temporada, por conta de uma eventual venda, mas que entende o momento que vive o São Paulo.

“Quando aparece boa oportunidade, o clube tem que pensar no lado financeiro. Conversei hoje com o presidente, não gostaria nem que vendesse, no fim da temporada vender, mas sabemos que o clube vive uma realidade de passado recente de mau cuidado com o clube. Vamos tentar mexer o mínimo, e, se perder, se programar para trazer outro jogador para repor a ausência de outro jogador. É uma geração de Cotia. São jovens, talentosos, que trabalham no dia a dia. Tem que trabalhar para usar no momento correto, pois pode atrapalhar”, finalizou.

Fonte: ESPN