Ladeira abaixo: Rigoni despenca após saída de Crespo e busca gol com Ceni

Entre os destaques ofensivos do São Paulo na última temporada, Emiliano Rigoni atravessa uma péssima fase no Morumbi. Desde a chegada do técnico Rogério Ceni, em outubro de 2021, o argentino não sabe o que é balançar as redes e o jejum sem marcar pode chegar a 4 meses, se ele não fizer um gol contra o Red Bull Bragantino, na próxima quinta-feira (3), em Bragança Paulista, pela terceira rodada do Paulistão.

Contratado em maio do ano passado, Rigoni foi um pedido do técnico Hernán Crespo e, enquanto o seu compatriota esteve no comando, tudo foi bem individualmente para o meia-atacante. Em 29 jogos com o ex-treinador, marcou 11 gols e ainda deu 5 assistências.

Entretanto, desde a demissão de Crespo, em outubro, até a chegada de Ceni, Emi teve uma queda notável de rendimento. Em 11 jogos até aqui – todos como titular -, o argentino não marcou um gol sequer e só deu uma assistência no período.

Levando em consideração todos os jogos sem marcar – independentemente de sob o comando de Crespo ou Ceni – o período de jogos sem marcar sobe para 13.

Contra o Ituano, neste último domingo (30), em partida que terminou empatada em 0 a 0 no Morumbi, o argentino foi testado como homem de referência no ataque, jogando centralizado, e teve uma das suas piores atuações com a camisa tricolor, praticamente não participando do jogo.

Após a partida, Ceni falou durante a entrevista coletiva sobre a fase do jogador e disse ainda estar procurando o lugar onde ele se sinta melhor para atuar.

“Jogador tecnicamente diferenciado. Nós estamos tentando encontrar o lugar onde ele se sinta mais à vontade dentro de campo. Jogou um pouco mais aberto no último jogo, hoje um pouco mais por dentro. Depois, com a entrada do Caio e do Calleri, ele também jogou mais próximo do Calleri pelo lado do campo. Estamos tentando encontrar uma posição que ele renda como rendeu no Brasileiro do ano passado”, disse o treinador, antes de concluir.

“Desde quando eu cheguei no final do ano, não produziu da mesma maneira”, finalizou.

Rigoni nunca foi um jogador de marcar muitos gols. Durante a sua passagem pelo Elche-ESP, por exemplo, o atleta disputou 25 jogos e só marcou 2 gols. Assim como foi no Zenit, da Rússia: em 62 partidas – em 3 temporadas -, foram 12 gols. Porém, desde que chegou ao futebol brasileiro, marcou mais gols – e consecutivamente – do que o comum, deixando uma boa impressão de início.

Desde que foi revelado como profissional, a melhor temporada em termos de artilharia do argentino foi entre 2016 a 2017, pelo Independiente, quando anotou 13 gols em 36 jogos e deu uma assistência.

Fonte: ESPN