Lucas Moura relembra título da Copinha pelo seu time de coração

Lucas Moura foi um dos jogadores campeões da Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2010 pelo Tricolor. À época ainda conhecido como Marcelinho, por sua semelhança com Marcelinho Carioca, o atacante acabou despontando na competição de base e, embora os anos tenham passado, ele não se esquece das boas lembranças vividas naquela temporada.

“Lembro muito bem dessa competição. Se não me engano, fiz cinco gols e nove assistências. No mata-mata fiz gol em todos os jogos, só não fiz na final. Mas, eu lembro da campanha muito sólida, muito boa. Nas quartas de final contra o Cruzeiro foi um jogo encardido. Eles fizeram 1 a 0, empatamos, jogo tenso, equipe muito boa do Cruzeiro. Mais pro final do jogo consegui acertar um belo chute, viramos o jogo e ganhamos por 2 a 1”, disse Lucas Moura em entrevista à SPFCTV.

“Na semifinal pegamos o Juventude, jogo um pouco mais tranquilo, e a final contra o Santos, muito disputada. No começo do jogo tomamos o gol, foi um banho de água fria para nós. Pressionamos o jogo inteiro e não conseguíamos fazer o gol de empate.”

“Torcida apreensiva, tensão. No finalzinho do jogo o Roni fez um gol antológico, empatamos o jogo e isso nos deu um fôlego enorme. Por pouco não viramos o jogo. Se houvesse mais cinco minutos, provavelmente teríamos virado. Nos pênaltis, nosso goleiro Richard defendeu três cobranças, muito bom goleiro. Tive a felicidade de bater o terceiro pênalti, fazer o gol. Estávamos preparados para aquele momento, treinamos bastante e conseguimos o nosso objetivo. Foi marcante”, prosseguiu.

Além de Lucas Moura, aquele time do São Paulo contava com outros nomes que acabaram se consolidando no futebol profissional, como Casemiro, hoje no Real Madrid, Willian Arão e Rodrigo Caio, no Flamengo, Richard, do Ceará, Bruno Uvini e João Schmidt, que atuam no Japão, entre outros.

“Jogávamos juntos desde 2006. Então, estávamos muito entrosados, preparados. Tenho contato com o Casemiro, com o Dener, ele foi muito importante naquela competição, Willian Arão, Bruno Uvini, Felipe Silva, tenho contato com vários deles. No período que passei em Cotia fiz grandes amigos, que se tornaram irmãos e que vou carregar comigo para o resto da vida. É muito bacana isso. Ficar alojado te proporciona isso, você fica mais tempo com seus amigos do que com sua família”, comentou o atacante do Tottenham.

Mas, não são todos que conseguem lidar com a enorme pressão que é disputar a Copa São Paulo de Futebol Júnior. Grande presença de torcedores, imprensa, transmissão para todo o Brasil, além de diversos observadores de grandes clubes nacionais e internacionais, são fatores que podem acabar mexendo com o emocional dos jovens atletas. Por isso, o gosto de conquistar a competição acaba sendo inigualável.

“A Copinha é a competição mais esperada pela garotada da base, com mais visibilidade, mais falada, que tem a presença da torcida, da imprensa. É a competição que todo atleta da base fica com frio na barriga, esperando para poder participar. Pude disputar duas, fui campeão de uma”, concluiu Lucas.

Fonte: ESPN