Na falta de um camisa 10, Gabriel Neves vira cabeça pensante do time

O São Paulo há tempo lida com a falta de um “camisa 10” e enquanto não encontra esse jogador no mercado vem tendo de recorrer à criatividade de outros atletas do elenco. Gabriel Neves é o que vem correspondendo melhor. Sob o comando de Dorival Júnior, o volante uruguaio se transformou na “cabeça pensante” do time, sendo fundamental para a construção das jogadas da equipe.

Na última terça-feira, na vitória por 2 a 0 sobre o Tigre, da Argentina, no Morumbi, pela última rodada da fase de grupos da Copa Sul-Americana, Gabriel Neves foi o principal destaque da partida, distribuindo o jogo com passes verticais e excelentes lançamentos.

De acordo com o Sofascore, Gabriel Neves acertou os 17 lançamentos que deu para seus companheiros, errou apenas quatro dos 69 passes, seis deles decisivos, e foi responsável por uma grande chance criada.

Justamente por essa capacidade de criação, Gabriel Neves chegou a ser cogitado por alguns torcedores como alguém que talvez pudesse exercer essa função de meia-armador, embora seja volante de origem. Mas, para o técnico Dorival Júnior, o uruguaio deve seguir jogando na posição que está acostumado.

“Para ser um camisa 10 em sua essência é um pouco complicado, porque ele teria que pisar dentro da área, ser esse jogador surpresa, que arma, mas ao mesmo tempo pode complementar toda a criação que faz. O Gabriel tem uma técnica apurada, visão de jogo impressionante e acredito que ele se sinta muito mais confortável vindo de trás, tendo uma visão periférica do que esteja acontecendo e dando velocidade para que a equipe jogue”, comentou Dorival Júnior.

“Às vezes é necessário que ele esteja de costas, e ele passou a vida toda jogando de frente para o adversário. Os movimentos são um pouco mais leves, mais lentos. Por isso que eu vejo ele muito mais jogando de frente para o adversário do que como um camisa 10”, concluiu o treinador são-paulino.

Fonte: Gazeta