Rafael acabou com o rodízio no gol: mas você está 100% convencido?

Ao entrar em campo contra o Ituano, na noite da última terça-feira, pela terceira fase da Copa do Brasil, o goleiro Rafael chegou a 15 jogos consecutivos como titular do São Paulo, superando as maiores sequências de Felipe Alves e Jandrei, com quem disputa posição, desde o ano passado.

Contratado no início desta temporada, Rafael, de 33 anos, enterrou o rodízio de goleiros que o torcedor do São Paulo viu no ano passado e ainda não sofreu gols nesta retomada da temporada, que apresentou a vitória sobre o Tigre, pela Sul-Americana, e o empate sem gols com o Ituano.

Com Tiago Volpi sob críticas à época, o clube buscou Jandrei, então terceira opção do Santos, para fazer sombra ao titular. Ele tomou a posição ainda no Paulista de 2022.

Sua maior sequência, porém, se deu apenas quando o Brasileiro começou – o técnico Rogério Ceni preferiu escalar reservas em alguns jogos do estadual e da Sul-Americana, o que quebrou séries de jogos de Jandrei.

Entre maio e julho, o goleiro fez 15 partidas seguidas como titular, até se machucar no Morumbi contra o Fluminense.

A lesão abriu espaço para Thiago Couto – Volpi já tinha deixado o clube –, que foi mal em três jogos e obrigou o São Paulo a correr atrás de um reforço para o gol às vésperas do fim do prazo de inscrições da Copa Sul-Americana.

A solução foi Felipe Alves, que pertencia ao Fortaleza, mas estava no Juventude, onde era reserva. Ele foi apresentado num sábado e, no domingo, já era titular contra o Athletico-PR, fora de casa.

Alves ficou no gol até a recuperação de Jandrei, que permaneceu mais cinco jogos na posição até cometer falhas contra o Atlético-GO, pela Copa Sul-Americana.

Felipe Alves ficou com a vaga e só a cedeu a Jandrei uma única vez, quando o São Paulo enfrentou o Flamengo, pela Copa do Brasil, torneio em que não poderia atuar por ter defendido o Juventude anteriormente.

Entre setembro e novembro, quando terminou a temporada, fez 13 jogos seguidos.

Rafael foi titular nos 15 jogos do São Paulo neste ano, sem deixar o campo por um minuto sequer.

É, para ele, uma realidade rara na carreira. Desde 2017, no Cruzeiro, quando substituiu Fábio, que estava lesionado, e atuou em 33 partidas, nunca mais fez 20 jogos numa temporada – pelo Atlético-MG, em 2017, chegou a 17 confrontos.

Nos dois clubes de Minas, era visto com potencial, mas nunca conseguiu se firmar. No Cruzeiro, sofreu com a presença de Fábio, ídolo histórico do clube.

No Atlético-MG, viu o técnico Jorge Sampaoli preferir Éverson, com quem tinha trabalhado no Santos.

No Morumbi, tem tido participações sem sobressaltos. Na última quinta-feira, contra o Tigre, na Argentina, pela Sul-Americana, foi seguro e deixou o campo como destaque.

Fonte: GE