Rogério Ceni é demitido e não comanda mais o SPFC após 18 meses
O São Paulo anunciou nesta quarta-feira a saída de Rogério Ceni. Ex-goleiro e ídolo incontestável como jogador do clube, onde passou os 25 anos de carreira, ele encerra sua segunda passagem como técnico 18 meses após ser contratado, em outubro de 2021, quando substituiu o recém-demitido Hernán Crespo.
O clube agora busca um novo treinador para assumir a equipe em meio às disputas de Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Sul-Americana. O nome de Dorival Jr., sem clube desde que deixou o Flamengo, é o mais ventilado nos bastidores.
Julio Casares, presidente do clube, segundo apurou a ESPN, não irá se pronunciar no momento pois está trabalhando para arrumar um substituto o mais rápido possível. Enquanto isso, os treinos serão comandados pelo auxiliar fixo Milton Cruz.
Nesta segunda passagem de Ceni pelo Morumbi, foram 106 jogos, com 49 vitórias, 28 empates e 29 derrotas, com um aproveitamento pouco acima de 54%. O trabalho terminou com 156 gols marcados e 107 gols sofridos.
Multicampeão como atleta, Rogério deixa o São Paulo como técnico sem conseguir títulos, ainda que tenha batido na trave duas vezes na temporada passada. No Campeonato Paulista, contra o Palmeiras, o Tricolor chegou a vencer o primeiro jogo por 3 a 1, mas foi vice após sofrer 4 a 0 no Allianz. Meses depois, na Sul-Americana, uma atuação abaixo do esperado contra o Independiente del Valle custou mais um troféu.
Em 2023, Ceni teve carta branca para reformular o elenco, indicou jogadores que acabaram contratados pela diretor e outros que não desembarcaram no Morumbi. A tudo isso, soma-se o excesso de lesões de jogadores importantes no elenco, casos do zagueiro Ferraresi, dos laterais Igor Vinícius e Welington e do meia Galoppo, que atrapalharam o planejamento.
O São Paulo acabou eliminado pelo Água Santa logo nas quartas de final do Paulistão, abriu a Copa do Brasil com empate sem gols contra o Ituano no Morumbi e começou o Brasileirão perdendo para o Botafogo no Rio de Janeiro.
Maior ídolo da história do clube como jogador, o ex-goleiro rejeitou ser mais pragmático mesmo com um time de poucos talentos e departamento médico cheio.
Além disso, algumas insistências em jogadores que não agradam a torcida, enquanto outros ganham raras oportunidades, minaram o treinador até mesmo entre aqueles que eram seus maiores defensores na arquibancada.
Com um time abaixo da média, recheado de lesões e sem conseguir vencer confrontos importantes no ano, o São Paulo vê seu torcedor exigir apenas uma coisa em 2023: permanecer na primeira divisão do Campeonato Brasileiro.
Fonte: ESPN