Sem reclamar da reserva e trabalhando duro, Galoppo quer ser campeão

Artilheiro do São Paulo na temporada com cinco gols, o meia Giuliano Galoppo vive grande fase no Tricolor. No clássico contra o Santos, disputado no último domingo (12) no Morumbi, pelo Paulistão, o argentino não só balançou as redes, como também deu assistência no triunfo por 3 a 1, que manteve a sua equipe com folga na liderança do grupo B.

Em entrevista exclusiva à ESPN, o jogador de 23 anos falou sobre o momento vivido no Morumbi, exaltou o grupo regido pelo técnico Rogério Ceni e contou os bastidores da sua chegada ao clube, após deixar o Banfield, da Argentina, em 2022.

Anunciado como reforço do São Paulo em julho do ano passado, Galoppo chegou como um “desconhecido” ao clube. À época, a sua única referência sobre o clube era o atacante Jonathan Calleri, seu compatriota e um dos ídolos da torcida são-paulina. E assim que chegou, o atacante se tornou um de seus amigos no Tricolor.

“Quando se sai do país pela primeira vez, não é fácil. O grupo aqui é muito bom, não só os estrangeiros. Eu chamei o Calleri quando estava no Banfield e tinha a possibilidade de jogar aqui, ele só me falou coisas boas do clube. Isso também conta para vir para cá. Quando cheguei, fizemos uma boa amizade, concentramos juntos no mesmo quarto. Amizade que temos fora do campo pode ser proveitosa dentro do campo também”, disse.

Com o passar do tempo, o argentino teve a certeza de que sua transferência para o futebol brasileiro foi a escolha certa para a sua carreira, já que gostou bastante do que encontrou no São Paulo.

E apesar de ter balançado a redes uma única vez na temporada passada, em 21 jogos, Galoppo afirmou que nunca deixou de se dedicar no dia a dia do clube. E, pouco a pouco, todo o esforço vem sendo recompensado com as suas boas atuações.

“Acho que gostei muito de São Paulo. Nunca tive dúvidas de que me daria bem no clube. Vim muito confiante, com vontade de ajudar o clube a chegar onde merece. Então desde o primeiro dia me dediquei muito ao São Paulo. Isso está dando frutos. O trabalho paga, como sempre falo”, prosseguiu.

Atualmente com oito estrangeiros no seu plantel, incluindo o zagueiro Nahuel Ferraresi, que se recupera de uma cirurgia no joelho, o São Paulo tem feito uma espécie de revezamento nos jogos, uma vez que o limite de “gringos” por jogo é de cinco atletas.

Galoppo, assim como os demais, faz parte deste revezamento, mas tem conseguido uma sequência no time titular nas últimas partidas. Porém, mesmo quando precisou ficar de fora, o argentino revelou que possui um mantra no clube tricolor.

“Não é fácil ficar fora dos jogos, ver o jogo da arquibancada. Para mim particularmente não é fácil. Eu sou uma pessoa que leva tudo muito a sério e trabalha muito para estar sempre em campo, que quero sempre jogar, como a maioria dos jogadores. Trabalho ao máximo, a decisão não depende de mim, estou tranquilo com o meu trabalho. Eu faço as coisas para depois estar tranquilo e saber que dei o máximo. Estou contente que o trabalho está dando frutos, então vou trabalhar para estar cada vez mais sendo escalado”, declarou.

Por último, o meia falou sobre a vontade que tem de poder levantar o seu primeiro caneco pelo São Paulo, após bater na trave no ano passado, quando a sua equipe foi vice-campeã para o Independiente Del Valle na Copa Sul-Americana.

E o argentino lembrou que, se quiser marcar o seu nome na história do São Paulo, precisará ser campeão pelo clube.

“Em todo lugar que chego eu quero ser campeão. Estive muito perto com o Banfield, perdi final para o Boca (Juniors), depois com o São Paulo na Sul-Americana. Acho que as pessoas se marcam pelos títulos. Meu maior desejo é ganhar algo com o São Paulo e não tenho dúvida que vai acontecer. Estou trabalhando muito para isso, como todos aqui também”, finalizou.

Fonte: ESPN