Após errar feio no clássico, Ceni pede pra diretoria manter jogadores

Após fazer uma lambança nas substituições no empate em 1 a 1 do São Paulo contra o Corinthians em Itaquera no domingo (22), Rogério Ceni fez uma espécie de apelo para que a diretoria mantenha o elenco diante da janela de transferências no meio do ano.

O treinador avisou que se houver desmanche no grupo, principalmente com as saídas de Rodrigo Nestor e Igor Gomes, o time pode lutar contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro – hoje, após sete rodadas, o time está em terceiro lugar com 12 pontos.

“Tenho alguns jovens que se saírem, a chance de [o time] cair de desempenho acontece. Esses jovens são muito importantes e não poderíamos perder. No fim do ano, tudo bem, você pode montar outro time, ter nova pré-temporada”, explicou Ceni.

“Se desmontar o time, esses pontos de agora vão servir para outro objetivo que não é este de agora”, disse o técnico, claramente referindo-se a uma possível mudança de foco no Brasileiro, a luta contra a degola, se o grupo que tem for desmontado.

Terceiro colocado, o São Paulo atualmente só está atrás dos rivais Palmeiras, segundo com 12 pontos, e Corinthians, líder com 14. Ceni ainda foi enfático ao falar sobre possíveis negócios, colocando até o mínimo de valor que o clube deveria aceitar para vender alguns de seus jovens que atualmente são pilares da equipe.

“Não deveriam vender jogador por menos de dois dígitos. Se não for por mais de 10 milhões de euros, não deveria vender. Compreendo a necessidade do dinheiro e vamos tentar nos antecipar.” Por ‘antecipar’, entenda a direção de futebol planejar quem pode vender e já se movimentar no mercado para ter substituto à altura.

O São Paulo pode faturar um bom dinheiro com uma possível venda de Antony, atualmente no Ajax, da Holanda, na próxima janela de transferências, já que possui 20% dos direitos econômicos do jogador.

“Converso com a direção como um todo. O São Paulo vai ter a venda do Antony, que acho que vai acontecer, e arrecadaremos um bom dinheiro. É um forno de vendas agora.”

Rogério Ceni ainda aproveitou para, de novo, reforçar que convive com uma lacuna importante no grupo: a falta de atacantes de velocidade.

“Não jogamos no contra-ataque porque não temos jogadores para contra-ataque, de velocidade. Onde passei, armei o time para atacar. No Fortaleza, com jogadores de velocidade; no Flamengo, com qualidade, dominando o jogo.”

Fonte: ESPN