Arboleda não reclama, mas não está confortável em ser reserva

O São Paulo volta a campo às 19h30 desta quarta-feira (20) contra o Juventude, em Caxias do Sul (RS), pela terceira fase da Copa do Brasil. E muito provavelmente Arboleda ganhará nova chance como titular, assim como na quinta-feira da semana passada, quando foi disparado o melhor em campo na vitória tricolor no Morumbi por 2 a 0 sobre o Everton, do Chile, pela segunda rodada da fase de grupos da Copa Sul-Americana.

Apontado por muitos como o mais completo da posição no elenco, o zagueiro, que chegou no meio de 2017 e está próximo de completar cinco anos de clube, deu entrevista exclusiva à ESPN na qual abriu o jogo sobre alguns temas do momento: estar como reserva, Rogério Ceni como técnico e o impacto da derrota acachapante para o Palmeiras na final do Campeonato Paulista.

Com 30 anos, o equatoriano só preferiu não responder sobre a última polêmica em que se envolveu, quando apresentou-se ao São Paulo com atraso após servir a seleção de seu país nas eliminatórias para a Copa do Mundo, no fim de março, ato pelo qual foi punido pela direção com multa.

Sobre a alternância entre a titularidade e ser opção no banco, o que não estava acostumado, deu resposta sincera, embora tenha deixado claro que a briga sadia entre os defensores é boa para o grupo.

“Todos querem jogar sempre, e eu sou assim também.”

Das 22 partidas do time este ano, Arboleda participou de 12, sendo 11 como titular e uma vindo da reserva [a derrota por 4 a 0 para o Palmeiras]. Ele deve começar o confronto nesta quarta, no Alfredo Jaconi, uma vez que Diego Costa sequer viajou com a delegação.

Vale relembrar que para Rogério Ceni não há distinção entre reservas e titulares: “Existe um grupo de 17, 18, 19 caras que estão sempre jogando mais… Não tem titular e reserva. Se o Arboleda quiser jogar todos [os jogos], vai cair na parte física”, afirmou o técnico após o triunfo sobre o Everton.

Embora não entrando no principal do questionamento, que era sobre o nível de Ceni como treinador em relação aos estrangeiros dos principais rivais paulistas, Arboleda também não se furtou a comentar sobre o ex-goleiro, um dos maiores ídolos da história da agremiação: “Um dos melhores treinadores que já trabalhei na minha carreira e aqui no São Paulo.”

O zagueiro, que em dezembro de 2021 renovou seu contrato com o São Paulo até o fim de 2024 – o antigo vínculo acabaria no meio de 2022 -, ainda falou qual foi o sentimento pela perda da decisão do estadual para o Palmeiras da forma que se deu – o time ganhou o duelo de ida por 3 a 1 e foi atropelado por 4 a 0 na volta.

“Foi uma situação que machucou muito todo o elenco.”

Fonte: ESPN