Ceni diz que se tivesse dinheiro ele compraria o SPFC na hora

O São Paulo perdeu por 1 a 0 para o Botafogo neste domingo, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro. O resultado foi um desastre para o Tricolor, que ainda luta para esquecer o vice-campeonato da Sul-Americana. Com isso, a pressão no Morumbi cresceu ainda mais.

Em meio a este cenário, o técnico Rogério Ceni falou sobre o seu futuro em entrevista coletiva. O contrato do comandante é válido até o final de 2023, mas sua permanência ainda é incerta.

“Pretendo cumpri-lo. Eu gostaria de cumprir, mas o clube pode não querer que eu fique. Se você perder jogos em sequência, quantos treinadores conseguem se manter? O futebol é dessa maneira. Se não tivermos opções e times que consigam repetir…As pessoas só querem saber se ganha ou não. Não é uma coisa só minha. Temos que apresentar resultados. Se não apresentarmos, não faz sentido continuar”, comentou.

“Precisamos apresentar resultados. Esse ano não conseguimos mais, apesar de achar que o São Paulo conseguiu chegar longe em várias competições, mas não conseguiu o principal, que era ser campeão. Se tivesse conseguido, seria um ano fantástico. Como não conseguiu, tratam como uma no de fracasso. Não existe uma certeza por parte de ninguém. O clube quer, eu também, mas temos que ter melhores condições para que a gente possa trabalhar bem. Treinador que não entrega bons resultados, infelizmente não serve”, ampliou.

Rogério Ceni também aproveitou para destacar o seu amor pelo Tricolor Paulista. Ídolo do clube como jogador, o treinador disse que, se tivesse dinheiro suficiente, compraria o São Paulo para ajudar a sanar as dívidas e reerguer a equipe.

“Cada um tem a sua parte para fazer. a minha é dentro do campo, fazer as coisas acontecerem. É natural que os times se organizem externamente para que melhorem o trabalho. Eu quero muito vencer com o São Paulo, entregar vitórias e títulos. Tenho um carinho enorme pelo clube que me projetou. Tento devolver o que me deram ao longo dos anos. Mas, logicamente, as pessoas que administram o clube tem responsabilidades de fazer escolhas e ver o que é possível fazer. Não adianta achar que do dia para a noite vai mudar”, pontuou.

“Se eu tivesse R$ 1 bilhão, R$ 2 bilhões, eu investiria no São Paulo para sanar todas as dívidas, comprar o clube e administrar. Mas eu não tenho, não posso fazer. Tenho que trabalhar. Talvez fosse o maior favor que eu poderia fazer para o clube, mas eu não tenho condições”, finalizou.

Fonte: ESPN